Rasgo o rascunho que contem a verdade que nao consigo encarar.
O rascunho ficou depedaçado com a verdade que dilacerava a realidade.
Num rasgo, desfaço o edificio do meu ser.
Parto-lhe as pernas. Num movimento circular, varro os alicerces, para que caia.
Parti, e cais.
Cais, verbo. Se fosse substantivo seria um cais de partida.
Foste, fui.
O oceano só é de possibilidades num dia azul de ceu limpo.
No mar à noite, o breu, engole-nos.
Saimos do cais, à noite.
Saimos, entramos no breu. Não sabemos se voltamos, não sabemos para onde vamos.
Vamos.
Zarpo somente na minha cabeça. Navego na minha cabeça. Afundo-me na minha cabeça.
Todo este oceano infinito, cabe na minha mente. Que me mente.
Mente. Rasgada. Dilacerada.